7.9.11

Please... answer!


            É triste olhar uma pessoa de quem gostamos tanto, que foi tão importante e especial, que você pensasse ser um grande amigo, talvez até mais do que isso. E vê-la mudada... Você não a reconhece mais... Você não sabe como agir, porque da noite para o dia, essa pessoa a quem você tanto confiou, ou se esforçou para confiar, porque tinha visto que ela merecia, não é mais a mesma. Afinal agir ou não agir? Deve apenas observar de longe enquanto o tempo passa?
            Apenas vejo o tempo passar, tentando entender o que te levou a mudar... ou será que agora você está sendo você mesmo, e que antes estava tentando ser uma pessoa diferente do que é, só para me agradar, ou conseguir alguma coisa do seu interesse?
            Paro e reflito, e não chego a conclusão alguma. As vezes me sinto revoltada com isso, as vezes, me preocupo contigo. Se algo aconteceu para que não continuasse o mesmo, talvez eu poderia o ajudar, só um pouquinho. Se eu soubesse o real motivo de que quisesse que eu me mantesse longe de você, seria mais fácil para mim. Se eu soubesse onde errei, pediria perdão, e me perdoando ou não, ficaria mais aliviada...
            Eu posso até não demonstrar os meus sentimentos, ou não saber como demonstrar, e mesmo até não saber medir as minhas palavras. Mas me esforço para que cada um ao meu redor se sinta a vontade comigo, como imaginei que você se sentisse. Quem sabe se tivesse procurado me entender antes, não estaríamos bem hoje. Digo isso porque não sou boa com as palavras, mas também não sou tão difícil de decifrar.
            Se você é essa pessoa, e está lendo isso agora (pois eu espero que você desta vez entenda o que eu quero dizer, e consiga entender que é você), só quero que me responda... o que houve de errado?




       Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava… Não devia jamais ter fugido. Devia ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar."
(Antoine de Saint-Exupéry - O Pequeno Príncipe)